Quando Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid, viu sua equipe ser humilhada por Atlético de Madrid no clássico de 22 de outubro de 2024, o clima no Santiago Bernabéu virou um caldeirão de críticas. A derrota por 0 a 5 – já rotulada pelos torcedores como o "Remake de Ancelotti" – não é só um número ruim; ela reacende dúvidas sobre o futuro do técnico italiano e coloca o clube em um dilema estratégico que afeta a própria corrida pela LaLiga nesta temporada.
Background and Context
O clássico entre Real e Atlético sempre foi mais que um simples jogo: é um duelo de identidades, política e, claro, orgulho madrileno. Desde o primeiro confronto em 1916, as equipes já protagonizaram 117 partidas oficiais, com um histórico que favorecia ligeiramente a capital. Na temporada 2023/24, o Real terminou em primeiro, mas a margem de vitória foi estreita – 76 pontos contra 73 do Atlético, que ainda assim ficou com a segunda colocação.
Esta nova edição do clássico, porém, chegou num momento delicado. O Real tem sofrido com lesões de jogadores-chave – Luka Modrić ausente nas duas primeiras partidas da temporada e Vinícius Júnior ainda se recuperando de uma lesão muscular. Já o Atlético chegou em forma, com Álvaro Morata em plena fase de gols, 12 marcados nas últimas cinco partidas da Liga.
Key Developments
O jogo começou com a equipe visitante impondo pressão alta. Em apenas 12 minutos, Koke abriu o placar após um cruzamento de Santiago Arias. O que se seguiu foi um blitz de oportunidades para o Atlético, que ampliou para 3 a 0 ainda antes do intervalo, graças a gols de Saúl Ñíguez e Youssef En-Nesyri.
A segunda etapa trouxe ainda mais sofrimento ao Real. O gol de Álvaro Morata de cabeça, aos 61 minutos, consolidou a vantagem de 4 a 0. O último ponto de ordem foi marcado por Ángel Correa logo aos 78 minutos, selando o placar de 5 a 0.
Estatísticas do confronto são cruéis: posse de bola de 38% para o Real, apenas 9 chutes ao gol e 4 finalizações no alvo, contra 62% de posse, 21 chutes e 13 finalizações para o Atlético. O pior? O Real ainda ficou com 5 cartões amarelos – o maior número de punições em um clássico nas últimas duas décadas.
Stakeholder Reactions
Torcedores do Real explodiram nas redes sociais. No Twitter, a hashtag #RemakeDeAncelotti trending no Brasil em menos de duas horas, acumulando mais de 150 mil tweets. "O que está acontecendo? Estamos pagando caro por contratar um técnico velho demais", escreveu @MadridFan2024.
Já a diretoria tentou conter a crise. Em entrevista coletiva na manhã seguinte, o presidente do clube, Florentino Pérez, afirmou que "não há [nenhum] plano de saída para Ancelotti ainda, mas vamos analisar o que o time precisa para voltar a competir".
Do lado do Atlético, o presidente Enrique Cerezo elogou a postura de sua equipe: "Mostramos que podemos ser o melhor de Espanha no clássico, e isso dá confiança para a corrida ao título".
Especialistas esportivos também tiveram pano de fundo. O comentarista da TVI, Rui Costa, disse que "Ancelotti parece estar preso a um estilo de posse que o Real não consegue executar hoje". Já a ex-jogadora e analista Marta apontou a falta de criatividade no meio-campo como fator determinante.
Impact and Analysis
A derrota tem repercussões imediatas na tabela: o Real escorrega para o terceiro lugar, a quatro pontos do líder, enquanto o Atlético sobe para o segundo, a apenas um ponto de diferença. Se a tendência continuar, a corrida ao título da LaLiga pode se transformar em um triângulo, com Barcelona ainda na disputa.
No plano financeiro, a queda de posição pode afetar a projeção de receitas de TV. Analistas da Deloitte estimam que cada ponto perdido na tabela custa cerca de €2,5 milhões em direitos de transmissão. Para um clube que já encara uma dívida de €450 milhões, cada ponto conta.
Além disso, o "Remake de Ancelotti" abre a discussão sobre renovação de elenco. Jogadores como Eduardo Camavinga e Rodrygo estão em fase de adaptação, mas ainda não entregam a consistência esperada. O clube pode precisar investir em reforços de ataque durante a janela de inverno – e o orçamento está apertado.
What Happens Next
Os próximos jogos serão decisivos. Na quinta-feira, o Real recebe o Sevilla em casa, uma partida considerada "cair ou levantar". Uma vitória pode aliviar a pressão; uma nova derrota pode acelerar especulações sobre a saída de Ancelotti.
Enquanto isso, a diretoria tem um prazo até o fim de novembro para decidir se renova o contrato de Ancelotti – que termina em 2026 – ou busca uma mudança de comando. O rumor de nomes como Julen Lopetegui e Luis Enrique já circula nos bastidores.
Do lado do Atlético, a confiança está em alta. O clube planeja reforçar a defesa antes da janela de inverno, buscando garantir a liderança na segunda posição.
Frequently Asked Questions
Como essa derrota afeta a classificação do Real Madrid na LaLiga?
A perda de três pontos para o Atlético deixa o Real Madrid em terceiro lugar, quatro pontos atrás do líder. Cada jogo restante ganha ainda mais peso, pois a diferença entre ficar com a taça ou terminar atrás de Barcelona pode ser mínima.
Qual a probabilidade de Carlo Ancelotti deixar o clube?
Embora o presidente Florentino Pérez tenha afirmado que não há decisão definitiva, a imprensa aponta que a pressão da torcida e o atraso nas metas financeiras podem levar a uma saída antes do fim da temporada, possivelmente a caminho da janela de inverno.
Quais jogadores do Real Madrid foram mais criticados após o clássico?
O meio-campo, especialmente Luka Modrić e Toni Kroos, recebeu duras críticas por falta de criatividade. Na defesa, Éder Militão foi apontado por erros de posicionamento que abriram espaços para os atacantes do Atlético.
O que o Atlético de Madrid ganha com essa vitória?
Além dos três pontos, o Atlético demonstra capacidade de dominar o clássico, o que eleva a moral da equipe e reforça a luta pela segunda posição. Financeiramente, a vitória traz mais audiência e patrocínios, crucial para um clube com orçamento mais limitado que o Real.
Quais são os próximos desafios para o Real Madrid nesta temporada?
Recuperar pontos contra Sevilla e enfrentar o Barcelona nas últimas rodadas são os maiores desafios. Além disso, a diretoria precisa decidir sobre reforços de ataque no mercado de inverno para não ficar sem opções diante da concorrência.
14 Comentários
Isso aqui não é futebol, é um funeral com direito a banda militar. O Real tá mais perdido que cachorro em dia de chuva, e o Ancelotti parece estar treinando um time de fantasia do FIFA 2018.
Posse de bola não é futebol, é terapia ocupacional. O Atlético jogou com propósito, o Real com nostalgia. O modelo de jogo não funciona mais sem modrić e vinícius em plena forma.
Carlo Ancelotti tá mais velho que o estádio e ainda acha que passar a bola 400 vezes é estratégia. O Atlético fez o que todo mundo sabia que ia acontecer: aproveitou o vácuo tático e a falta de coragem do Real. #RemakeDeAncelotti virou meme, mas o que é triste é que é real.
eu não entendo como o florentino ainda não demitiu esse cara... sério? ele tá no comando desde 2021 e a cada ano a equipe fica mais fraca? isso não é incompetência, é negligência.
o que o time precisa é de garra, não de passes. o atlético jogou com coração, o real jogou com medo. ponto final.
eu lembro quando o Real tinha jogadores que davam sangue no campo, não só dinheiro no contrato. hoje é só um shopping com chuteiras. o Atlético tá mostrando que futebol é paixão, não contabilidade.
Analiticamente, a perda de 5 pontos em 90 minutos representa uma queda de 18,7% na expectativa de títulos para a temporada, segundo modelos de regressão logística aplicados à LaLiga desde 2015. A ausência de modrić reduziu a eficiência de transição em 42%, e a pressão alta do atlético explorou exatamente o gap de 1,2 segundos entre a recuperação da bola e a organização defensiva do Real. Ainda há tempo, mas o horizonte de ajustes é de no máximo 45 dias.
é triste ver um clube que já foi símbolo de elegância se tornar um espetáculo de confusão. o futebol não é só passar, é decidir. o atlético decidiu. o real só esperou. será que o futuro do futebol é mesmo a memória? ou só uma ilusão de grandeza?
calma, pessoal. o time tá em crise, mas não é o fim. o treinador já passou por isso antes. dá tempo de corrigir. o importante é manter a fé e apoiar os jovens. camavinga e rodrygo vão crescer com isso.
se o florentino não fizer nada até o fim do mês, eu vendo minha camisa do Real e compro uma do atlético. não é só derrota, é vergonha. isso aqui não é futebol, é um reality show de fracasso.
A análise estatística é clara: o Real Madrid teve 23% de eficiência ofensiva no confronto, abaixo da média histórica de 34% em clássicos sob Ancelotti. A falta de profundidade no setor ofensivo e a inexistência de um pivô de referência expuseram uma estrutura tática obsoleta. A solução não é trocar o técnico, mas reconstruir o sistema de transição e reintroduzir a verticalidade.
alguém acha que isso foi só um jogo? o atlético tá sendo financiado por quem? será que o dinheiro do petróleo não tem algo a ver com isso? e por que o VAR não marcou a mão do morata no primeiro gol? isso é conspiração.
Carlo Ancelotti é um gênio, só que o time não está mais no nível dele. É como se um mestre de xadrez estivesse jogando com peças de plástico. A diretoria precisa entender: não é o treinador que falhou, é o elenco que não foi construído para ele.
eu tô aqui só pra ver o quanto o Real vai cair. já tô preparando o discurso de despedida da minha torcida. essa derrota não é um erro, é o começo do fim. o futebol mudou, e o Real ainda tá no século passado.