Exportação de Frango: tudo o que você precisa saber

Se você trabalha com produção avícola, já deve ter ouvido falar das oportunidades que o mercado externo oferece. O Brasil é um dos maiores exportadores de carne de frango do mundo, e entender o caminho das granjas até os supermercados estrangeiros pode transformar seu negócio. Vamos explicar de forma simples como funciona todo o processo.

Por que o Brasil é referência mundial

O clima tropical, a alta produtividade das granjas e o custo competitivo de produção colocam o país na liderança das exportações de frango. Além disso, o Brasil tem acordos comerciais com a União Europeia, Ásia e Oriente Médio, o que abre portas para diferentes tipos de consumidores. Essa combinação de preço e qualidade faz com que importadores busquem nossos produtos constantemente.

Como preparar sua produção para o mercado externo

Primeiro passo: garantir que todas as etapas estejam em conformidade com as normas sanitárias internacionais. Isso inclui certificação da passagem de inspeções da ANVISA, auditorias de boas práticas de fabricação (BPF) e, em alguns casos, certificação halal ou kosher. Sem esses documentos, seu lote pode ser barrado na alfândega.

Segundo, invista em rastreabilidade. Cada caixa precisa ter um código que mostre origem, data de abate, lote e condições de transporte. Os compradores estrangeiros exigem essa transparência para garantir segurança alimentar. Sistemas digitais facilitam esse controle e ainda dão crédito ao seu produto.

Terceiro, cuide da embalagem. Embalagens resistentes ao frio, com rótulos em idioma do país importador e informações sobre validade são essenciais. Muitos mercados exigem selo com teor de proteína e indicação de que o frango está livre de antibióticos de uso restrito.

Quarto, ajuste a logística. O frango costuma ser transportado em contêineres refrigerados a -18°C. Planeje o horário de saída para evitar atrasos na porta de embarque e contrate transportadoras especializadas em carga viva ou congelada. Um transportador confiável evita perdas e multas.

Além desses pontos técnicos, é importante entender as tendências de consumo nos destinos. Por exemplo, na Ásia há alta demanda por cortes desossados e pré-cozidos, enquanto na União Europeia o foco está em produtos orgânicos e com baixo teor de gordura. Adaptar seu portfólio às preferências locais aumenta as chances de fechar contrato.

Não se esqueça da negociação de preços. Muitos importadores trabalham com contratos de longo prazo, mas exigem descontos por volume. Analise seus custos de produção, margem de lucro e ofereça opções de pagamento atrativas, como cartas de crédito ou condições de pré-pagamento.

Por fim, mantenha um canal de comunicação aberto com o cliente. Relatórios de qualidade, atualizações sobre a colheita e respostas rápidas a eventuais reclamações ajudam a construir confiança e garantem renovações de contrato. Lembre-se: exportar não é só vender, é criar parceria.

Com essas dicas, você já tem a base para entrar no mercado internacional de frango. Comece avaliando seu atual processo produtivo, busque as certificações necessárias e invista em rastreabilidade. O mundo está pronto para consumir a carne brasileira – cabe a você atender a essa demanda de forma segura e lucrativa.

Brasil Suspende Exportação de Frango Após Caso de Doença de Newcastle em Rio Grande do Sul

O Brasil, maior exportador de frango do mundo, suspendeu parte das suas exportações após um caso confirmado de doença de Newcastle em uma fazenda de Anta Gorda, Rio Grande do Sul. O Ministério da Agricultura confirmou o surto e interditou a fazenda para eliminar as aves afetadas. A última ocorrência da doença no Brasil foi em 2006, e a suspensão deve impactar exportações para países como Japão e potencialmente China.

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