Quando Manuela Dias, criadora da nova versão de Vale Tudo decidiu que o mistério do assassinato de Odete Roitman precisaria de um toque de originalidade, ninguém imaginou que a Globo iria filmar dez cenas distintas para o mesmo momento crucial. O plano, confirmado pelos bastidores, é manter o suspense até o último segundo antes da transmissão prevista para 17 de outubro de 2025.
A estratégia é tão ousada que nem os próprios atores sabem qual será o desfecho oficial. Debora Bloch, que interpreta a vilã Odete, descreve o clima de gravação como "um jogo de gato e rato" onde cada tomada é guardada em cofres digitais. "É como gravar dez finais de um filme e só revelar um ao público", comentou Bloch em entrevista ao programa "Bastidores da TV".
Contexto histórico da trama
Para entender o impacto da decisão, vale lembrar que a novela original de 1988 chocou o Brasil ao revelar, nos últimos minutos, que Leila (na época interpretada por Cássia Kis) matou Odete por engano, pensando estar atirando em Maria de Fátima (Glória Pires). O erro desencadeou uma fuga da família para o exterior, fechando a história com um final que ficou na memória coletiva.
O remake, porém, empurrou o vilão a um patamar ainda mais sombrio: Odete passa de manipuladora psicológica a assassina direta, já responsável por duas mortes confirmadas na nova narrativa – a de Ana Clara em 2 de outubro e, posteriormente, de um personagem ainda não revelado.
Estratégia inédita de produção
Segundo fontes internas, a produção começou a gravar as alternativas já em julho deste ano, quando a novela ainda estava em fase de roteiro. Foram organizadas dez versões do clímax, cada uma com um suspeito diferente no gatilho. Entre os nomes que aparecem nas filmagens estão Carolina Dieckmann como Leila, Alexandre Nero como Marco Aurélio, e Guilherme Magon como Leonardo.
A escolha final será feita na noite de 16 de outubro, durante a chamada de última hora da produção. "Nós registramos tudo, mas a decisão será tomada depois de analisar a reação do público nas redes nas últimas semanas", explicou o diretor de fotografia, que preferiu permanecer anônimo.
Quem pode ser o assassino? Suspeitos em foco
Os dez finais giram em torno de personagens centrais cujas motivações foram amplificadas na nova versão. Abaixo, a lista dos principais suspeitos e um breve resumo de seus possíveis motivos:
- Leila (Carolina Dieckmann) – ainda dividida entre lealdade ao marido Marco Aurélio e um desejo de eliminar Odete, que ameaça expor seu passado.
- Marco Aurélio (Alexandre Nero) – cabeça da disputa pelo controle da TCA, poderia ordenar o assassinato para eliminar concorrência.
- César – conselheiro de Odete, possivelmente manipulada para agir em troca de poder.
- Maria de Fátima (Glória Pires) – alvo de chantagem, poderia ter recorrido a medidas extremas.
- Ana Clara (Samantha Jones) – embora vítima, sua relação ambígua com Odete levanta dúvidas.
- Raquel – irmã de Leila, pode ter sido usada como bode expiatório.
- Leonardo (Guilherme Magon) – sobreviveu ao acidente, mas sua nova condição de tetraplégico o coloca sob pressão.
- Cauã Reymond – aparece em uma versão como assassino contratado, reforçando a teoria de um golpe de fora.
O drama se complica ainda mais quando, no capítulo 161, Odete contrata um hacker para recuperar mensagens apagadas do celular de Ana Clara, tentando descobrir se Maria de Fátima guarda provas do crime. Essa reviravolta sugere que a própria vilã está manipulando a cena do assassinato como parte de um plano maior.
Reações do público e da crítica
Desde o dia 2 de outubro, quando a trama exibiu a primeira morte de Odete (a de Ana Clara), as redes sociais explodiram. Comentários no Twitter apontaram para um "novo nível de crueldade" da personagem, enquanto grupos de fãs iniciaram teorias sobre quem realmente puxaria o gatilho.
Críticos de televisão elogiaram a ousadia da Globo em arriscar tanto. A crítica do "Jornal da Globo" destacou que "manter o suspense em plena era das redes sociais é quase impossível, mas a emissora encontrou uma forma de virar o jogo".
O que vem a seguir para Vale Tudo
Com a data de 17 de outubro se aproximando, o clima nos bastidores está carregado de ansiedade. A produção promete que o final escolhido será "inesquecível" e que a estratégia de múltiplas filmagens pode virar modelo para outras novelas que desejam preservar reviravoltas.
Além do desfecho, a equipe já pensa em extensões digitais: podcasts que discutirão cada um dos finais alternativos, além de um especial pós‑episódio onde os roteiristas revelarão detalhes da decisão. Essa abordagem multicanal pode definir um novo padrão de engajamento para a TV aberta.
Frequently Asked Questions
Por que a Globo decidiu filmar dez finais diferentes?
A emissora queria garantir que o segredo do assassino permanecesse intacto até a transmissão, evitando vazamentos em um cenário de redes sociais onde spoilers se espalham em minutos.
Quem são os principais suspeitos do assassinato de Odete Roitman?
Entre os suspeitos estão Leila (interpretada por Carolina Dieckmann), Marco Aurélio (Alexandre Nero), César, Maria de Fátima (Glória Pires), e até o ator Cauã Reymond, que aparece em uma versão como assassino contratado.
Como a nova versão de Vale Tudo difere da original de 1988?
A trama intensifica a vilania de Odete, transformando-a de manipuladora em assassina direta, introduz novas mortes e utiliza recursos tecnológicos, como hackers, que não existiam na década de 80.
O que o público pode esperar do episódio final?
A promessa é de um desfecho inesperado, escolhido no último minuto. Além disso, a Globo pretende lançar conteúdos complementares – podcasts e entrevistas – para analisar cada versão filmada.
Qual foi a reação da crítica à estratégia de múltiplos finais?
Críticos elogiou a inovação, destacando que manter o suspense em plena era digital é um feito raro e que pode definir novos padrões para a dramaturgia televisiva.
9 Comentários
É inaceitável que a Globo jogue com a memória coletiva apenas para gerar hype; o assassinato de Odete deveria ser tratado com respeito à narrativa original, não como um truque de marketing.
Ao que parece, estamos diante de um experimento quase sartreano, onde o destino de Odete Roitman se torna um quadro em branco que a própria audiência preenche com seus próprios desejos de justiça e escândalo; cada final filmado é como um espelho que reflete as sombras da nossa própria cobiça por reviravoltas dramáticas.
Essa estratégia ridícula demonstra o nível mais baixo da produção televisiva, sacrificando a integridade artística por um espetáculo de vaidade; quem realmente governa as linhas de roteiro parece mais interessado em impressionar executivos do que em honrar a inteligência do público.
A produção de “Vale Tudo” está realmente inovando ao gravar dez finais diferentes para o assassinato de Odete Roitman.
Essa escolha permite que os roteiristas explorem diferentes motivações dos personagens envolvidos.
Cada suspeito-Leila, Marco Aurélio, César, Maria de Fátima, Ana Clara, Raquel, Leonardo, e até mesmo o Cauã Reymond como assassino contratado-recebe uma narrativa completa que pode ser analisada pelos fãs.
Ao manter o verdadeiro desfecho em sigilo, a emissora cria uma atmosfera de suspense que dificilmente se replicava nos anos 80.
O fato de os próprios atores não saberem quem será o culpado aumenta a tensão nos bastidores, o que, por sua vez, se reflete na performance em tela.
Do ponto de vista técnico, gravar dez versões exige um planejamento de produção complexo, com múltiplas equipes de direção, figurino e efeitos que precisam ser coordenados meticulosamente.
Esse esforço pode ser visto como um investimento pesado, mas também como uma demonstração de comprometimento com a qualidade narrativa.
Além disso, a estratégia abre espaço para uma maior interatividade com o público, que poderá influenciar, ainda que indiretamente, a escolha final ao reagir nas redes sociais.
A utilização de podcasts e conteúdos pós‑episódio para discutir cada final reforça a ideia de que a televisão está se adaptando ao modelo multiplataforma.
Essa abordagem pode servir de modelo para outras novelas que desejam manter segredos em uma era dominada por spoilers instantâneos.
Também é importante notar que a escolha de um assassino entre tantos candidatos complexifica a trama e gera discussões sobre poder, corrupção e moralidade.
A inclusão de um hacker na história, por exemplo, traz à tona questões contemporâneas sobre privacidade e manipulação de informações.
Do ponto de vista do público, a expectativa cria uma experiência quase voyeurista, onde cada teoria alimenta a comunidade de fãs.
Portanto, o risco de “vale tudo” na narrativa pode ser recompensado com um final que realmente surpreenda e permaneça na memória coletiva.
Em suma, essa ousadia pode marcar um novo capítulo na história da teledramaturgia brasileira, provando que ainda há espaço para inovações audaciosas em formatos tradicionais.
É claro que há um plano oculto por trás dessa filmagem múltipla o diretor anônimo não quer revelar nada porque controla a narrativa e impede que a verdade chegue ao público enquanto os grandes grupos de mídia manipulam a opinião popular com esses truques de suspense
Eu sempre suspeitei que os bastidores da Globo guardam segredos que vão muito além da simples escolha de um final; talvez o número dez seja simbólico, indicando uma ordem oculta que só os verdadeiros iniciados conseguem decifrar, enquanto o resto de nós somos deixados à mercê de um roteiro que se alimenta de nossa ansiedade coletiva.
Prezados leitores, é alentador observar como a produção está disposta a inovar e a envolver o público de maneira tão dinâmica; independentemente de quem seja apontado como responsável pelo crime, temos a certeza de que o desenrolar da trama será tratado com a devida sensibilidade e respeito à história que tanto apreciamos.
Galera, vamos aproveitar essa disputa de suspeitos para discutir as motivações de cada personagem e, quem sabe, até propor teorias que valorizem a complexidade da trama; essa é a hora de unir a comunidade e mostrar que somos capazes de analisar tudo com bom humor e crítica construtiva.
Uau, que surpresa, dez finais diferentes, nunca visto antes.