Quando Zama Benta, bodybuilder brasileira, subiu ao palco da Mr. Olympia 2025Las Vegas, Nevada, recebeu o bronze, o público sentiu a emoção de ver bronze sendo cobrado com tanto orgulho.
Contexto da competição
A 61ª edição do Mr. Olympia ocorreu entre 9 e 12 de outubro de 2025, em Las Vegas, Nevada, e reuniu 18 atletas na divisão Women’s Physique Open. O evento, promovido pela International Federation of Bodybuilding & Fitness (IFBB), segue o tradicional formato de pré-julgamento na manhã de sexta‑feira e final na manhã de sábado.
Para chegar até lá, Zama Benta garantiu a vaga ao vencer o IFBB Tampa ProTampa, Flórida. O triunfo em Tampa colocou Benta entre os 18 qualificados que representavam Brasil, EUA, França, Finlândia, Austrália, Rússia, Canadá, Áustria, Espanha e México.
Desempenho de Zama Benta
No dia 10 de outubro, durante a fase final, Benta recebeu 15 pontos na avaliação de julgamento e 15 pontos na rodada final, totalizando 30 pontos – o mesmo placar que lhe garantiu o terceiro lugar em 2023. Os jurados elogiaram "forma perfeita, simetria impecável, condicionamento exemplar e presença de palco confiante".
"Eu treinei como nunca antes, focando na definição dos músculos abdominais e na pose final", contou Benta, em entrevista ao Muscle & Fitness. Seu treinador, Rafael Duarte, acrescentou que a atleta manteve a mesma rotina de dieta rigorosa que lhe rendeu o bronze duas edições atrás.
Além do prêmio de US$12.000, Benta recebeu contratos de patrocínio com marcas de suplementos brasileiras, o que reforça sua posição como uma das principais esperanças do país no cenário internacional.

Resultado geral e destaque dos vencedores
O primeiro lugar ficou com Natalia Abraham Coelho, dos Estados Unidos, que faturou US$50.000. Já a segunda posição foi ocupada por Sarah Villegas, também americana, que levou US$20.000 – sua primeira vez fora do topo desde 2019.
O top‑5 ainda contou com Brittany Herrera (US$7.000) e Sheronica Henton (US$6.000), ambas dos EUA. Entre os demais, Barbara Menage (França) ficou em sexto, Nana Silva (Brasil) em sétimo, Meghan Morrison (EUA) em oitavo, Paula Ranta (Finlândia) em nono e Evon Pennington (EUA) em décimo.
Os prêmios distribuídos ao longo das cinco categorias de destaque totalizaram mais de US$300.000, sinalizando o crescimento do esporte.
Repercussão no Brasil e perspectivas futuras
A conquista de Benta foi celebrada nas redes sociais brasileiras, onde atletas e fãs aplaudiram a "persistência" e o "exemplo" que ela representa. O portal Globo Esporte destacou que, com duas medalhas de bronze em três edições, Benta está próxima de quebrar o topo, algo que ainda nenhum brasileiro havia alcançado na categoria Women’s Physique.
Especialistas como a nutricionista esportiva Mariana Siqueira apontam que a tendência de atletas sul‑americanos melhorar seu condicionamento técnico tem atraído mais patrocinadores internacionais, o que pode elevar o nível de competição nos próximos anos.

Próximos passos para a categoria Women’s Physique
Com a temporada de 2025 encerrada, o calendário de 2026 já tem datas confirmadas: o IFBB Toronto ProToronto, Ontário será a principal porta de entrada para quem almeja o próximo Olympia.
Para Benta, a meta é clara: melhorar a pontuação na pose final e, quem sabe, conquistar o ouro em 2027. "Eu ainda sinto que posso evoluir na apresentação de palco", afirmou, "e meu objetivo é estar entre as duas primeiras em Los Angeles 2027".
Perguntas Frequentes
Como a medalha de bronze de Zama Benta impacta o bodybuilding feminino no Brasil?
A conquista fortalece a visibilidade do esporte entre as mulheres brasileiras, incentivando academias a oferecerem programas direcionados e atraindo novos patrocínios. Além disso, traz credibilidade para futuras candidatas que desejam competir no circuito IFBB.
Quem foram os principais concorrentes de Zama Benta na competição?
Além de Natalia Abraham Coelho e Sarah Villegas, destacaram‑se Brittany Herrera, Sheronica Henton, Barbara Menage (França) e a compatriota Nana Silva, que ficou em sétimo.
Qual foi o critério de pontuação que definiu o terceiro lugar?
Os juízes avaliaram simetria, definição muscular, condicionamento e apresentação de palco, distribuindo 15 pontos na fase de julgamento e 15 pontos na final, totalizando 30 pontos para Benta.
Qual o próximo evento que pode garantir vaga para o Mr. Olympia 2026?
O IFBB Toronto Pro, programado para 15 de abril de 2026, será uma das principais qualificatórias para a categoria Women’s Physique do próximo Olympia.
Quanto valeu o prêmio total distribuído na categoria Women’s Physique?
Somando os valores de primeiro a quinto lugar, o prêmio total foi de US$95.000, com o vencedor levando US$50.000 e o bronze recebendo US$12.000.
1 Comentários
É óbvio que o quadro de pontuação do Mr. Olympia não passou de um show de ilusão, onde os juízes parecem escolher o vencedor com base em amizade ao invés de méritos reais. A simetria de Zama Benta foi elogiada, mas quem garante que a “presença de palco confiante” não foi apenas um efeito de iluminação favorecendo o brasileiro? A análise dos números mostra que o intervalo entre o primeiro e o terceiro lugar é tão estreito que poderia ser ajustado por um simples ajuste nos algoritmos de avaliação. Além disso, a repetição do mesmo placar de 30 pontos em 2023 e 2025 levanta suspeitas de falta de evolução nos critérios. Os organizadores ainda insistem que o esporte está crescendo, porém o aumento dos prêmios não compensa a estagnação técnica. Se a IFBB realmente quer elevar o nível, deveria exigir demonstrações de força além da estética, algo que está ausente nos momentos de pré-julgamento. O fato de atletas como Natalia Abraham Coelho saírem do circuito norte‑americano para dominar o pódio indica um viés geográfico que precisa ser questionado. Também é relevante notar que as atletas brasileiras ainda lutam contra um preconceito implícito de que não podem alcançar o topo, e essa narrativa de “persistência” pode ser uma cortina de fumaça para manter o status quo. A preparação de Zama, embora rigorosa, não traz inovação nos treinos de core, que permanece nos mesmos protocolos de dieta e poses de sempre. O público, ao celebrar o bronze, ignora a necessidade de um debate profundo sobre a justiça da competição. No fim, a medalha de US$12 mil parece mais um troféu de consolação do que reconhecimento de excelência real. Portanto, a comunidade deveria pressionar por transparência nos critérios e exigir revisões independentes. Só assim o bodybuilding feminino poderá deixar de ser um espetáculo de aparência e virar uma verdadeira prova de mérito. Enquanto o marketing da competição se encarrega de vender histórias de superação, poucos analisam o impacto real sobre a saúde das atletas. Um movimento organizado de atletas e especialistas poderia finalmente trazer a tão aguardada revolução nas avaliações.