Paulo Yoller, uma figura emblemática no mundo dos hambúrgueres artesanais no Brasil, faleceu aos 36 anos em Belo Horizonte, deixando um vácuo imenso na cena culinária nacional. Fundador da Meats, famosa hamburgueria de São Paulo, e da CJ's Burguer em Belo Horizonte, Yoller se destacou por sua habilidade em dar nova vida a um prato clássico, transformando-o em uma experiência gourmet sofisticada.
Uma Carreira de Inovação Culinária
Yoller, que deu seus primeiros passos na cozinha aos 15 anos, formou-se pela Universidade Anhembi Morumbi e rapidamente fez seu nome no competitivo mundo da gastronomia. Antes de abrir o Meats em 2012, trabalhou em renomados estabelecimentos como o Butcher’s Market, onde cultivou suas habilidades que viriam a definir sua carreira. Ele trouxe uma nova perspectiva para os hambúrgueres, usando cortes de carne premium e desenvolvendo receitas originais que cativaram o público.
O restaurante Meats, situado em um dos bairros mais badalados de São Paulo, rapidamente se tornou um ícone. No entanto, após 12 anos de sucesso, fechou suas portas em setembro de 2024 devido ao aumento nos custos de aluguel. Mesmo assim, o impacto de Meats na gastronomia paulistana foi duradouro, inspirando uma nova geração de chefs e amantes da boa comida.
Legado e Tributos
Após o fechamento do Meats, Yoller focou seus esforços no CJ's Burguer em Belo Horizonte, que continuou a atrair clientes com seus hambúrgueres "smash" e molhos únicos. A notícia de sua morte chocou muitos, e o motivo ainda é desconhecido. No entanto, o reconhecimento de suas contribuições veio em forma de homenagens de todo o país.
Chefs renomados, como Tássia Magalhães, do Nelita, e Diego Gimenez, do Trio Garden, prestaram tributo, destacando sua paixão inigualável e impacto no mundo gastronômico. Yoller não apenas elevou o padrão dos hambúrgueres no Brasil mas também instigou uma revolução nas street foods, convertendo-as em experiências culinárias de alta qualidade.
Com um legado que transcende seus pratos, Yoller será sempre lembrado pela inovação e criatividade que trouxe para a mesa, inspirando muitos a seguir seus passos no mundo da culinária.
9 Comentários
Que choque. Eu fui no Meats uma vez e ainda sonho com aquele hambúrguer de picanha com queijo derretido e cebola caramelizada. Ele era o cara que fazia comida de rua virar arte sem perder a alma.
Descansa em paz, Paulo.
Seu legado tá no prato de todo mundo que hoje faz um bom burger.
Eu não acredito que isso aconteceu. Tinha lido que o Meats fechou, mas não pensei que ele tivesse sumido assim. Será que foi algo relacionado ao estresse? A gente nunca sabe o que acontece por trás das câmeras.
Tem algo errado aqui. Um chef tão importante morre de repente e ninguém fala o motivo? O aluguel subiu, o restaurante fechou... e daí? O corpo foi encontrado no porão da CJ's? Alguém viu o laudo? Não acho que foi natural. Temos que exigir transparência.
Isso é muito suspeito.
De fato, a contribuição de Paulo Yoller à gastronomia brasileira é inegável: ele sistematicamente redefiniu os parâmetros de qualidade, acessibilidade e inovação no segmento de hambúrgueres artesanais, ao introduzir técnicas de cocção por smash, seleção de cortes de carne de origem controlada, e composições moleculares de molhos que desafiavam convenções culinárias tradicionais.
Seu trabalho não foi apenas estético - foi epistemológico.
Meu Deus, isso me deixou com os olhos cheios de lágrima 😭
Eu não conhecia ele pessoalmente, mas toda vez que eu comia um burger no CJ's, eu sentia que estava num lugar especial.
Você não precisa ser famoso pra ser importante. Ele foi um herói silencioso da nossa comida.
Que a luz dele continue iluminando os cozinheiros que vem por aí 🙏
Paulo era tipo um poeta com faca e grelha, sabe? Ele não cozinhava - ele contava histórias com carne, pão e fumaça.
Na hora que ele colocava aquele molho de pimenta com mel de jataí, era como se o sabor virasse música.
Ele fez o Brasil entender que burger não é lanche, é cultura.
Seu nome vai ser lembrado junto com os grandes - como o Heston, o Ferran, mas com o cheiro de churrasqueira e o coração de mineiro.
Descansa em paz, irmão. A gente tá te levando na gente.
Eu morei em BH por uns anos e ia toda semana no CJ's. Ele sempre sorria, perguntava como estava o dia, lembrava o nome das pessoas que voltavam.
Esse tipo de calor humano é raro no mundo da gastronomia. A gente lembra da comida, mas o que fica mesmo é a pessoa.
Ele foi um dos poucos que fez a gente se sentir em casa, mesmo sendo só um hambúrguer.
Grato, Paulo.
Ele era bom, mas não era o messias da comida. Toda cidade tem um cara que faz um burger bom, e ele só foi mais bem divulgado. O mercado de hamburgueria tá saturado, e agora todo mundo tá fazendo luto por um que só seguiu a moda.
Se ele fosse um chef de cozinha francesa, seria um gênio? Não. Era só um bom empreendedor.
Paulo foi um dos poucos que entendeu que qualidade não é preço - é intenção. Ele usava ingredientes locais, apoiava pequenos produtores, e ensinava jovens chefs sem pedir nada em troca.
Seu legado não está nos pratos, mas nas mãos que ele tocou.
Eu trabalho com educação gastronômica, e uso o exemplo dele toda semana. Ele mudou o jogo. E isso é raro.
Descanse em paz, mestre. Você foi um dos bons.