'Ainda Estou Aqui': Uma Jornada de Luta e Resistência
O filme 'Ainda Estou Aqui', dirigido pelo renomado cineasta Walter Salles, traz à tona uma narrativa poderosa e emocional sobre a história de Eunice Paiva, mãe de Marcelo Rubens Paiva. Com um elenco de peso, liderado por Fernanda Torres e Selton Mello, o longa explora os desafios enfrentados por Eunice após o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, durante a ditadura militar no Brasil. A força e a resiliência de Eunice, que se torna uma ativista incansável pela justiça e democracia, são o cerne deste filme que agora almeja um espaço entre os indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025.
Fernanda Torres: Uma Atuação Memorável
Fernanda Torres, uma das atrizes mais aclamadas do Brasil, brilha no papel de Eunice Paiva, interpretando-a em várias fases de sua vida com uma autenticidade impressionante. Sua atuação foi ovacionada por mais de nove minutos no Festival de Veneza, uma prova do impacto profundo que sua performance deixou no público. A atriz captura com maestria a dor, a coragem e a determinação de uma mulher que lutou incansavelmente contra um regime opressor, tornando-se uma figura icônica na busca por justiça no país. Esta nomeação potencial ao Oscar é apenas um reflexo da profundidade e dedicação que Fernanda trouxe para o papel.
Um Filme com Reconhecimento Internacional
'Ainda Estou Aqui' já começou sua trajetória de reconhecimento mundial ao vencer o Green Drop Award 2024 e o prêmio de Melhor Roteiro no 81º Festival de Cinema de Veneza. O roteiro, adaptado do livro de Marcelo Rubens Paiva, oferece uma visão íntima sobre as repercussões pessoais e sociais da violência do governo durante a ditadura. O diretor Walter Salles, conhecido por suas obras sensíveis e bem construídas, dedicou sete anos de sua vida a esse projeto, garantindo que a história fosse contada com toda a autenticidade e respeito que merecia.
A História Pessoal em Meio à História Nacional
A produção do filme não é apenas um projeto cinematográfico; é também uma jornada pessoal para Walter Salles, que conhecia de perto a família Paiva e visitava frequentemente sua casa no Rio de Janeiro. Essa conexão pessoal intensificou o compromisso de contar a verdade sobre as circunstâncias em torno do desaparecimento de Rubens Paiva. A presença de Selton Mello como Rubens também traz um peso emocional essencial, pois ele retrata o amoroso pai e marido cuja ausência impulsiona a trajetória de Eunice.
A Importância do Cinema Brasileiro
Este filme não só celebra grandes talentos do cinema brasileiro, mas também destaca as vozes e histórias que precisam ser ouvidas em uma plataforma global. A oportunidade de 'Ainda Estou Aqui' representar o Brasil no Oscar se apresenta como um ato significativo de reconhecimento para o cinema nacional. Ele não apenas conta uma história local, mas também repercute questões universais sobre coragem feminina e resistência contra injustiças. No cenário internacional, produto de intensa dedicação de seus criadores, serve como um farol do potencial e qualidade de produções brasileiras.
Os Desafios e Sucessos da Indústria Cinematográfica
A trajetória até um possível Oscar não é um caminho fácil para nenhum filme, especialmente aqueles de origem internacional. No entanto, 'Ainda Estou Aqui' já mostrou que é possível atravessar barreiras culturais com uma história bem contada e atuações de destaque. Para Fernanda Torres e Walter Salles, esta é uma oportunidade para levar ao mundo uma narrativa brasileira que também carrega uma mensagem global de resistência e esperança. Durante esse processo, o filme se posiciona não só como um candidato ao prêmio, mas como um embaixador do talento e resistência do Brasil.
A expectativa agora é que essa produção marcante continue a emocionar plateias ao redor do mundo, deixando um legado duradouro na história do cinema e representando com honra a cultura cinematográfica brasileira nos palcos internacionais.
8 Comentários
Nossa, que filme... Fernanda Torres me fez chorar no cinema. Ninguém consegue transmitir tanta dor e força ao mesmo tempo. E a cena dela no tribunal? Me deu arrepios.
Espero que o Oscar não ignore isso, porque isso aqui é história viva.
Esse filme é importante. Nao é só cinema, é memoria. A Eunice foi uma heroína sem capa. E o Walter Salles fez justiça.
Será que o Oscar vai dar premio pra um filme que fala de ditadura? Tipo... será que os americanos vão se incomodar com a verdade?
Eu acho que isso aqui é só um jogo de propaganda. Todo mundo quer parecer 'bom' nas redes.
Ei... alguém notou que o nome do diretor foi citado 17 vezes no texto? E a família Paiva... será que isso foi editado por alguém da Globo?
Por que só agora essa história tá na mídia? O que aconteceu nos últimos 40 anos?
Alguém tem o arquivo da abertura do filme no Festival de Cannes de 1984? Eu acho que isso aqui é um remake controlado.
A atuação de Fernanda Torres é, sem sombra de dúvida, uma das mais notáveis da história do cinema brasileiro contemporâneo;
ela transcende o mero recurso interpretativo e se eleva a um patamar de testemunho histórico, quase litúrgico.
Além disso, o roteiro, baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, demonstra uma estrutura narrativa de extrema sofisticação, com múltiplas camadas de simbolismo e intertextualidade.
Walter Salles, por sua vez, emprega uma linguagem cinematográfica que dialoga com o neorrealismo italiano e com a estética do cinema novo, mas sem cair em clichês.
A escolha de Selton Mello para retratar Rubens Paiva foi, por sua vez, um acerto monumental - sua presença silenciosa carrega mais peso emocional do que muitos monólogos.
Este filme, portanto, não é apenas um candidato ao Oscar; é um documento ético, uma pedra angular da memória coletiva.
E, por favor, que a Academia não o ignore - não apenas por mérito artístico, mas por dever moral.
Fernanda Torres é simplesmente a rainha do nosso cinema 😭👏
Se isso não ganhar o Oscar, a gente vai ter que fazer um protesto na porta da Academia com velas e fotos da Eunice! 💪❤️
Vocês sabem que isso aqui é mais que filme? É um abraço que o Brasil tá dando pra suas mães que nunca se curvaram.
Eunice foi a nossa avó, nossa tia, nossa vizinha que ia no sindicato todo dia e voltava com os olhos vermelhos mas o peito ereto.
Esse filme é um grito de amor em forma de cinema.
Quem tá assistindo isso em São Paulo, em Belém, em Porto Alegre... tá lembrando da sua mãe.
E o Walter? Ele não tá só fazendo cinema, ele tá curando uma ferida que a gente fingiu que não existia.
Se o Oscar não der um prêmio pra isso, o mundo tá cego.
Essa é a nossa história, e ela é linda, dolorida, e cheia de coragem.
Brasil, levanta a cabeça - isso aqui é nosso orgulho.
Só quero dizer que vi esse filme com minha mãe, que viveu a ditadura. Ela não falou nada no final. Só segurou minha mão.
E quando saímos, ela disse: 'Ela não era só uma mulher. Ela era todas nós.'
Esse filme não é só para o Oscar. É para a gente nunca esquecer.