Celso Portiolli Reflete Sobre Piadas Desrespeitosas Relacionadas ao 11 de Setembro
Por Daniel Pereira, set 12 2024 8 Comentários

Celso Portiolli Reflete Sobre Piadas Desrespeitosas Relacionadas ao 11 de Setembro

Celso Portiolli, conhecido apresentador brasileiro, abordou recentemente uma questão que vem causando-lhe desconforto há anos. Trata-se de uma piada que associa seu nome aos ataques de 11 de setembro de 2001. Essa 'brincadeira de mau gosto' se originou em Portugal em 2019 e brinca com o fato curioso de que 'Celso Portiolli' e '11 de setembro' têm exatamente 14 caracteres cada um. Embora pareça uma coincidência irrelevante, a repetição anual da piada tem sido motivo de aborrecimento para o apresentador.

Em uma entrevista reveladora no Flow Podcast, Portiolli abriu seu coração e refletiu sobre o impacto dessa piada em sua vida. Ele mencionou que, embora compreenda a intenção humorística por trás dela, considera-a de extremo mau gosto. Para ele, o 11 de setembro não é uma data qualquer; é uma data que evoca fortes emoções e reflexões profundas. Além de sua dimensão histórica global, o dia também carrega um peso pessoal para Portiolli, pois marca o aniversário da morte de seu pai.

A Importância do Respeito e da Empatia

Durante a entrevista, Portiolli fez um apelo vigoroso para que as pessoas demonstrassem mais respeito e empatia, especialmente em dias que carregam tanta dor coletiva. Ele ressaltou a necessidade de abordar temas sensíveis com cuidado e consideração, ao invés de transformá-los em motivo de riso. Para ele, o 11 de setembro deve ser um dia de reflexão e memória, um dia para honrar as vítimas e suas famílias, e não para perpetuar piadas insensíveis.

Portiolli relatou também sua experiência impactante ao visitar o 9/11 Memorial e Museu em Nova York. Ele descreveu a profundidade do sentimento ao estar naquele lugar, onde a dor e o sofrimento de tantas pessoas são tangíveis. Esta visita reforçou para ele a seriedade da data e a importância de se lembrar sempre do verdadeiro significado por trás dos acontecimentos trágicos.

Uma Nova Perspectiva com o Passar do Tempo

Apesar da irritação inicial causada pelas piadas, Portiolli revelou que o decorrer do tempo trouxe uma nova perspectiva sobre o assunto. Hoje, ele tenta encarar a vida com mais leveza, reconhecendo que, muitas vezes, tais brincadeiras não têm a intenção verdadeira de ferir. No entanto, ele enfatiza que, mesmo no humor, é crucial não perder de vista o respeito e a sensibilidade para com os outros.

O apresentador reconhece que vivemos em uma era onde o humor é frequentemente usado como uma forma de lidar com o absurdo e o trágico. Contudo, ele destaca que há uma linha tênue entre o humorás saudável e a insensibilidade. Para ele, piadas sobre o 11 de setembro cruzam essa linha. Ele reiterou a importância de lembrar sempre do impacto profundo e duradouro dos ataques de 2001, não só nos Estados Unidos, mas em todo o mundo.

Portiolli espera que seu testemunho possa ajudar a conscientizar as pessoas sobre as consequências de fazer piadas sobre temas sensíveis. Ele acredita que, ao compartilhar sua experiência pessoal, pode promover um debate mais consciente e empático na sociedade. Mais do que nunca, ele sente que é essencial nutrir o respeito, principalmente em relação a acontecimentos que marcaram a história e a vida de tantas pessoas.

Por fim, Celso Portiolli reafirma seu compromisso com valores como respeito, empatia e reflexão. Ele insiste que, embora o humor seja uma parte vital de nossa cultura, ele deve sempre ser balanceado com sensibilidade e respeito. Assim, ele conclui sua reflexão, não apenas como uma lição pessoal, mas como um apelo mais amplo para todos na sociedade.

8 Comentários

Leandro Oliveira

Cara, essa piada é tipo um vício de internet que ninguém para de repetir, mas ninguém pensa no peso que carrega. O Celso tá certo: 11 de setembro não é meme, é luto. E se fosse o aniversário da morte do seu pai caindo num dia que todo mundo faz piada de alguém? Você ia achar engraçado?

Bruna M

Eu nunca tinha pensado nisso assim, mas agora que o Celso falou, faz todo sentido. A gente ri de coisas sem querer machucar, mas às vezes o machucado é profundo mesmo. Acho que a gente pode rir de tudo, mas não em todos os lugares e não com todas as pessoas. Um pouco de empatia faz milagres.

Maria Rita Pereira Lemos de Resende

A estrutura semântica da piada é um fenômeno de coincidência alfanumérica, mas a performatividade cultural da repetição revela uma falha de empatia sistêmica. Não é sobre o número de caracteres - é sobre a ausência de contexto.

TOPcosméticos BRASIL

Essa piada é um crime contra a humanidade disfarçado de 'humor brasileiro'. Se você acha engraçado, provavelmente também ri de funerais de criança. O 11/9 não é um trocadilho, é um túmulo coletivo. Quem repete isso tá na mesma classe dos que fazem piada com câncer.

Ulisses Carvalho

A gente cresce achando que piada é só pra rir, mas a vida ensina que algumas coisas não são brincadeira. O Celso tá falando de coração. E se a gente parasse um pouco pra pensar antes de mandar uma mensagem?

Ronaldo Mascher

Essa piada e um tipo de humor q nao tem respeito... eu acho q o Celso esta certo. A gente pode rir de tudo, mas nem tudo deve ser rido. O 11 de setembro e uma data muito serio, e ele perdeu o pai nesse dia... isso e algo q nao pode ser brincadeira.

Tércio Sathler

Ah, então agora o humor é crime? Se alguém acha que 'Celso Portiolli' e '11 de setembro' têm o mesmo número de letras e acha engraçado, ótimo. Mas se alguém leva isso a sério e se ofende... então o problema é o ofendido. A vida é curta, e se você não consegue rir de coincidências bobas, talvez você precise de umas férias.

Clebson Cardoso

A piada é um reflexo da nossa cultura de desensibilização. Não é o fato de ter 14 caracteres que é problemático - é o silêncio que a gente impõe quando alguém fala sobre dor. O Celso não está pedindo censura. Está pedindo que a gente olhe para o outro antes de apertar o botão de enviar.

Escreva um comentário